Cultura de ódio e memória irresoluta

Por que elaborar o passado?

Auteurs-es

  • Marcelo Leandro dos Santos Universidade Federal do Maranhão

DOI :

https://doi.org/10.23925/politica.v12i3.68088

Résumé

RESUMO

Este é um estudo sobre as relações entre cultura de ódio e memória irresoluta. O percurso metodológico de tal análise se deu por meio de pesquisa teórico-bibliográfica, com apropriação conceitual da teoria crítica da sociedade, especialmente o pensamento de Theodor Adorno. As questões centrais sobre cultura, como disposição subjetiva ao pensamento, e a necessidade de elaboração do passado foram cotejadas por análise de pensadores e comentadores do tema. Os resultados alcançados por meio da presente análise demonstram a necessidade de elaborar o passado como tarefa do sujeito da cultura, o qual se vê acomodado pela disposição da cultura de massa. Concluiu-se, nesse sentido, a partir de elementos discutidos no artigo, como grande desafio para a educação e a filosofia na atualidade, a conscientização crítica a respeito do passado recente como disposição de enfrentamento ao movimento social que manifesta seu conteúdo político pautado na cultura de ódio.

PALAVRAS-CHAVE: Adorno; Cultura de ódio; Memória; Política; Subjetividade

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Publié-e

2024-11-30