O assédio moral no trabalho e seu impacto afetivo: percepção dos servidores de uma instituição governamental

Autores

  • Graziane Muniz Rocha Centro Universitário Alves Faria
  • Herica Landi de Brito Centro Universitário Alves Faria
  • Bento Alves da Costa Filho Centro Universitário Alves Faria

DOI:

https://doi.org/10.23925/recape.v11i1.45401

Palavras-chave:

assédio moral no trabalho, impacto afetivo, gestão organizacional

Resumo

Este artigo objetiva analisar e descrever a percepção dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), a respeito da incidência dos casos de assédio moral em suas relações de trabalho e dos impactos afetivos provocados nos servidores por este fenômeno no ambiente laboral. Intenta-se, ainda, averiguar junto à Diretoria de Recursos Humanos (DRH) da instituição e ao Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (Sindjustiça), o que efetivamente existe em termos de medidas adotadas nos casos de assédio moral concretamente registrados. assédio moral concretamente registrados. Trata-se de uma pesquisa empírica qualiquantitativa de caráter exploratório-descritivo. O emprego da pesquisa quantitativa destina-se à aplicação de um questionário a uma amostra de 354 servidores, estruturado em duas escalas, adaptadas e validadas no contexto brasileiro por Martins e Ferraz (2011), a saber: assédio moral no trabalho (EP-AMT); impacto afetivo do assédio moral no trabalho (EIA-AMT). A abordagem qualitativa será utilizada na interpretação dada pelos sujeitos a uma questão aberta e na análise das informações obtidas junto à DRH e Sindjustiça. Os resultados obtidos sinalizam que as práticas de assédio moral nas relações de trabalho, no contexto do cenário pesquisado, foram pouco percebidas pelos sujeitos envolvidos, haja vista que a soma das médias fatoriais dos aspectos profissionais e pessoais na EP-AMT foi de 2,38. Na escala EIA-AMT, o valor encontrado foi de 1,34, indicando que o impacto afetivo sentido pelos servidores do TJGO, nas unidades pesquisadas, é de pequena proporção. Ainda que não tenha apresentado índices mais significativos, na percepção dos participantes, o fato é que o assédio ocorre na instituição de forma frequente e impactante, mesmo que seja em níveis mais baixos. Os resultados favorecem a compreensão da ocorrência do assédio na instituição, embora haja esforço da DRH e do Sindjustiça em colocar-se à disposição dos assediados, a fim de orientá-los em relação às ações a serem adotadas na solução do problema.

 

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Biografia do Autor

Graziane Muniz Rocha, Centro Universitário Alves Faria

Possui graduação em Direito, Especialização em Direto Penal e Processual Penal e  mestrado em Administração. Atualmente é Analista judiciário - Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

Herica Landi de Brito, Centro Universitário Alves Faria

Graduada, Mestra e Doutora em Psicologia. Professora do Mestrado Profissional em Administração do Centro Universitário Alves Faria (UNIALFA).

Bento Alves da Costa Filho, Centro Universitário Alves Faria

Cursou graduação (1986), mestrado (1996) e doutorado (2002) em Administração na FEA/USP. Professor e Pesquisador do Mestrado Profissional em Administração da Faculdade Alfa (GO).

Publicado

2021-01-04

Edição

Seção

Artigos