Favela: o desafio de morar na metrópole paulistana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/2236-9996.2024-6019

Palavras-chave:

Região Metropolitana de São Paulo, favelas, segregação socioespacial, estrutura metropolitana

Resumo

Este artigo descreve a evolução recente do tecido urbano na Região Metropolitana de São Paulo e da desigualdade expressa pelas favelas, por meio de dados do Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do MapBiomas. Embora o crescimento populacional em todas as sub-regiões tenha decrescido em relação aos períodos anteriores, a chamada periferia ainda cresce mais do que o polo. A estrutura urbana mostra-se altamente segregada, com parte da população pobre morando em favelas. A metrópole, em 2019, apresentava 1.703 favelas, com população de mais de 2 milhões de habitantes, ocupando 12,26% dos domicílios metropolitanos. Como a população nesse tipo de assentamento cresceu quase a 3,44% anuais, a resultante é um adensamento das favelas, com problemas para sua urbanização.

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Biografia do Autor

Suzana Pasternak, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. São Paulo, SP/Brasil.

Lucia Maria Machado Bógus, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Cências Sociais, Departamento de Sociologia. São Paulo, SP/Brasil.

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Publicado

2024-06-01

Como Citar

Pasternak, S., & Bógus, L. M. M. (2024). Favela: o desafio de morar na metrópole paulistana. Cadernos Metrópole, 26(60), 829–850. https://doi.org/10.1590/2236-9996.2024-6019