Lucía Tosi
Gênero, ciência e exílio
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2767.2024v79p63-90Palavras-chave:
Lucía Tosi, Gênero e ciência, Exílio, Ditadura MilitarResumo
Após o golpe militar de 1964, Lucia Tosi foi uma das muitas cientistas exiladas do Brasil negligenciadas pela historiografia. Durante o exílio na França, Tosi tornou-se uma das fundadoras do Grupo Latinoamericano de Mujeres en París, colaborando em publicações relacionadas aos estudos de gênero e ciência no boletim Nosotras. Neste texto, discutimos a atuação de Lucía Tosi no Grupo Latinoamericano de Mujeres em Paris a partir de alguns textos de sua autoria publicados no boletim Nosotras, destacando seu olhar sobre as relações de gênero, ciência e política, no contexto do exílio em decorrência da Ditadura Militar no Brasil.
Downloads
Metrics
Referências
ABREU, M. Feminismo no Exílio: o Círculo de Mulheres Brasileiras em Paris e O Grupo Latino-Americano de Mulheres em Paris. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Estadual de Campinas. Campinas. 2010. p. 245
ABREU, M. Nosotras: feminismo latino-americano em Paris. Revista Estudos Feministas, v. 21, n. 2, 2013. p. 553-572
AZEVEDO, T. A evasão de talentos: desafio das desigualdades. Paz e Terra, 1968.
BARAN, E. J. Lucía Tosi: científica, historiadora de la ciencia y feminista (homenaje en el centenario de su nacimiento ya los diez años de su fallecimiento). Anales Acad. Nac. de Cs. Ex., Fís. y Nat., Tomo 69, 2017.
BERALDO, H. Lucia Tosi: Scientist, Science Historian and Feminist. Revista Virtual de Química, v. 6, n. 2, 2014. p. 551-570
BLAY, E.; AVELAR, L. 50 anos de feminismo: Argentina, Brasil e Chile. edUSP, 2019.
BLAY, E.. Como mulheres se constituíram como agentes políticas e democráticas: o caso brasileiro. In: BLAY, Eva; AVELAR, Lúcia. 50 anos de feminismo: Argentina, Brasil e Chile. edUSP, 2019.
CLEMENTE, J. E. F. Ciência e política durante a ditadura militar (1964-1979): o caso da comunidade brasileira de físicos, 2005. 237 f. Dissertação (Mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências) – Instituto de Física, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005.
COSTA, A. et al. Memórias das mulheres do exílio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, v. 2, 1980.
COSTA, A.. O feminismo brasileiro em tempos de Ditadura Militar. Gênero, feminismos e ditaduras no Cone Sul. Florianópolis: Mulheres, 2010.
DOSSE, F. A saga dos intelectuais franceses (1944-1989). Volume I: À prova de história (1944-1968). Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. São Paulo: Estação Liberdade, 2021.
FERNÁNDEZ, J. C.. Do brain drain ao exílio: apontamentos sobre emigração e radicalização política na Argentina, de Onganía a Isabel, 1966-1976. Revista História: Debates e Tendências, v. 19, n. 3, 2019. p. 402-419.
FREIRE, JR, O.. Sobre a relação entre regimes políticos e desenvolvimento científico: apontamentos para um estudo sobre a história da C&T durante o regime militar brasileiro. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais, v. 4, n. 3, 2007. p.1-11
FREIRE JR, O.; VIDEIRA, A.; RIBEIRO FILHO, A,. Ciência e política durante o regime militar (1964-1984): a percepção dos físicos brasileiros. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 4, n. 3, 2009. p. 479-485.
FURTADO, M. T. Lucía Tosi: A mulher e a história da ciência. London: Novas Edições Acadêmicas,2014. p. 307.
GASPARI, E.. A ditadura escancarada. Editora Intrínseca, 2014.
LIMA E SOUZA, A. M. F. Sobre gênero e ciência: tensões, avanços, desafios. Gênero, Mulheres e Feminismos. Salvador: EDUFBA/NEIM, 2011.
LOPES, M. M.. Sobre convenções em torno de argumentos de autoridade. cadernos pagu, p. 35-61, 2006.
MELO, H. P.. Lucia Piave Tosi (1917 - 2007). Pioneiras da Ciência no Brasil - 3ª Edição, 2014. Disponível em:< http://memoria2.cnpq.br/web/guest/pioneiras-da-ciencia-do-brasil3> acesso em: 21 de jan. de 2021.
MOTTA, R. P. S.. As universidades e o regime militar: cultura política brasileira e modernização autoritária. Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2014.
PEDRO, J. M.; WOLFF, Cristina Scheibe. Nosotras e o Círculo de Mulheres Brasileiras: feminismo tropical em Paris. ArtCultura, v. 9, n. 14, 2007.
PICQ, F. Sobre o movimento das mulheres na França. Estudos Feministas, 1994.p. 25-30
ROSA, S. O.. “Nosotras” e invenção de novos espaços-tempos. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – ANPUH, XXVI. 2001, São Paulo. Anais... São Paulo, 2001.
SANTOS, A.P.; TOSI, L. Resgatando Metis O Que foi Feito desse Saber? Revista Estudos Feministas, n.2, 1996. p. 355-380.
SCHWARCZ, L. M.; STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: uma biografia: com novo pós-escrita . Editora Companhia das Letras, 2015.
TOSI, L. El Sexo cuyo talento es malbaratado. Boletim Nosotras, v.4, 1974a. p. 1-2.
TOSI, L. La vocación ‘natural’ de la mujer. Boletim Nosotras, v.6, 1974b.p. 1-3.
TOSI, L. El Movimiento Feminista y su Impacto. Boletim Nosotras, v.15, 1975a. p. 1-2.
TOSI, L. La participación de la Mujer em la Actividad Económica. Boletim Nosotras, v.16/17/18, 1975b. p. 7-10.
TOSI, L. La creatividad feminina en la ciencia. Impacto, Ciencia y Sociedad, 1975. p. 127-131.
TOSI, L. Cripto-domésticas, interlocutoras inteligentes ou criadoras?.Ensaios de Opinião, 1979. p. 11-14.
TOSI, L. A mulher brasileira, a universidade e a pesquisa científica. Ciência e Cultura, 1981. p. 167-177.
TOSI, L. Caça às bruxas: o saber das mulheres como obra do diabo. Ciências Hoje, v. 4 n. 20, 1985. p. 167-177.
TOSI, L. As mulheres e a ciência: sábias, bruxas ou sabichonas?. Impressões, 1987. p. 1-9.
TOSI, L. Marie Meurdrac, Química Paracelsiana e Feminista do Século XVII. Química Nova, n. 19, 1996. p. 440 -444.
TOSI, L. Mulher e Ciência: a revolução científica, a caça às bruxas e a ciência moderna. Cadernos Pagu , v.10, 1998. p.369-397.
VIEIRA, C. L.; VIDEIRA, A.. História e historiografia da física no Brasil. Fênix-Revista de História e Estudos Culturais, v. 4, n. 3, 2007.p. 1-27.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Projeto História : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
