O uso da inteligência artificial no contexto educacional

o que falta?

Autores

  • Manoel Joaquim Fernandes de Barros Universidade Salvador https://orcid.org/0000-0003-0719-2802
  • Sérgio Hage Fialho Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Paulo Márcio Silva Melo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Arnoldo José de Hoyos Guevara Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/2179-3565.2024v15i2p04-15

Palavras-chave:

Padrões de ensino superior, Inteligência Artificial, Regulação, Gestão Educacional

Resumo

Este ensaio tem como objetivo discutir a importância do uso da inteligência artificial (IA) na área educacional, buscando estabelecer elementos de diálogo entre uma ferramenta como a IA e um campo importante como a educação. Em primeiro lugar, é importante distinguir entre inovação tecnológica como conceito amplo e inovação na área educacional. Esses dois conceitos têm se misturado em muitos debates desde o aumento do modelo de educação a distância, causado pela crise sanitária mundial da covid-19. Em seguida, é apresentado o conceito de IA, que modernamente iniciou seu processo de disseminação global via linguagens generativas, apresentando complexidades ainda não totalmente compreendidas no contexto educacional. Por fim, o artigo sugere que pode haver falta de competência técnica na área educacional para lidar com as rápidas mudanças propostas inicialmente pela estratégia de ensino a distância. Além disso, especialmente importante e urgente, poderá haver o estabelecimento de alguma regulamentação para o uso de IA na área educacional; no entanto, depende basicamente da vontade política e do sistema político para a sua implementação. Caso contrário, o resultado poderá ser um aumento da precariedade dos serviços educacionais, devido à ausência de compreensão por parte de alguns atores de suas competências intrínsecas à educação, expondo problemas latentes de incapacidade de fornecer garantias mínimas de aprendizagem aos alunos de um bom e nível aceitável de ensino.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Referências

Adam, S. (2016). The wealth of nations. Aegitas.

Albuquerque, P. H., Saavedra, C. A. P. B., Morais, R. L., Alves, P. F., & Peng, Y. (2019). Na era das máquinas, o emprego é de quem? Estimação da probabilidade de automação de ocupações no Brasil. Texto para Discussão

Alura. (2023). Institucional. Retrieved from: https://alura.com.br

Asimov, I. (2015). Eu, robô. Aleph.

Buiten, M.C. (2019). Towards intelligent regulation of artificial intelligence. European Journal of Risk Regulation, 10(1):41-59.

Castells, M. (1999). A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. v. 1: A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra.

Chaudhry, M. A., & Kazim, E. (2022). Artificial Intelligence in Education (AIEd): A high-level academic and industry note 2021. AI and Ethics, 2:157-165.

Crompton, H., & Burke, D. (2023). Artificial intelligence in higher education: the state of the field. International Journal of Educational Technology in Higher Education, 20(1), 1-22.

Distrito. (2019). Distrito Edtech Report.

EDX. (2023). About us. Retrieved from: https://www.edx.org/about-us

Eloundou, T., Manning, S., Mishkin, P., & Rock, D. (2023). GPTs are GPTs: An early look at the labour market impact potential of large language models. arXiv preprint.

Eurostat. (2023). Statistics explained. Retrieved from: https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?title=Employment_statistics

Fialho, S. H., Barros, M. J. F., & Rangel, M. T. R. (2019). Desafios da regulação da EAD no ensino superior no brasil: estrutura, Diálogo e Autonomia Institucional. Gestão & Planejamento, 20:110-125.

Figueiredo, L. O., Lopes, A. M. Z., Validorio, V. C., & Mussio, S. C. (2023). Desafios e impactos do uso da Inteligência Artificial na educação. Educação Online, 18(44):e18234408-e18234408

Goldin, C. & Katz, L. F. (2009). The race between education and technology. Harvard University Press.

Huppes, T. (2012). The Western edge: Work and management in the information age. Springer Science & Business Media.

Kaufman, D. (2022). Desmistificando a Inteligência Artificial. Brasília: Editora Autêntica.

Lee, J. & Desjardins, R. (2019). Inequality in adult learning and education participation: the effects of social origins and social inequality. International Journal of Lifelong Education, 38(3):339-359.

Marx, K. (2004). Capital: volume I. Penguin.

Meira, S., Neves, A., Calegario, F., Belfort, R., & Garcia V. (2023). Inteligências: individual, social e artificial. São Paulo: Saraiva.

Nadimpalli, M. (2017). Artificial intelligence risks and benefits. International. Journal of Innovative Research in Science, Engineering and Technology, 6(6):1-5.

Nicolelis, M. A. L. (2017). Are we at risk of becoming biological digital machines? Nature Human Behaviour, 1(1):8-9.

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. (2005). Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. (3rd ed.). Brasília: FINEP.

Osiobe, E. U. (2019). A literature review of human capital and economic growth. Business and Economic Research, 9(4):179-196.

Pagels, H. R. (1988). Os Sonhos da Razão: A ascensão da física das partículas e a crise na física moderna. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Parreira, A., Lehmann, L., & Oliveira, M. (2021). O desafio das tecnologias de inteligência artificial na Educação: percepção e avaliação dos professores. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, 29(113): 975-999.

Razia, B., Awwad, B., & Taqi, N. (2023) The relationship between artificial intelligence (AI) and its aspects in higher education. Development and Learning in Organizations, 37(3):21-23.

Rodrigues, O. S., & Rodrigues, K. S. (2023). A inteligência artificial na educação: os desafios do ChatGPT. Texto Livre – Linguagem e Tecnologia, 16: e45997.

Schiff, D., Rakova, B., Ayeshi, A., Fanti, A., & Lennon, M. (2020). Principles to practices for responsible AI: closing the gap. arXiv, 1(1):1-5.

Schultz, T. W. (1971). Investment in human capital: The role of education and of research. Eric.

Silveira, A. D., & Vieira, N. (2019). A inteligência artificial na educação: utilizações e possibilidades. Interritórios – Revista de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, 5(8): 206-217.

Silveira, R. C. B. & Barros, M.J.F. (2021). Impacto da inteligência artificial na empregabilidade do docente. In: Proceedings of the Colóquio Internacional de Gestão Universitária. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina.

Solow, R. M. (1987). We’d better watch out. New York Times Book Review.

Stewart, T. A. (2010). Intellectual Capital: The new wealth of organization. Currency.

Taylor, F. W. (1961). Principios de la administración científica. México: Herrero Hermanos.

Wilson, J. M. (2014). Henry Ford vs. assembly line balancing. International Journal of Production Research, 52(3):757-76.

World Economic Forum. (2020). The future of jobs report.

Xu, W., & Ouyang, F. (2022). The application of AI technologies in STEM education: a systematic review from 2011 to 2021. International Journal of STEM Education, 9(1), 1-20.

Downloads

Publicado

2024-08-15