Inteligência Artificial: uma utopia, uma distopia

Autores

  • Fabio Gagliardi Cozman Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras E Ciências Humanas, Departamento de Engenharia Mecatrônica, São Paulo, São Paulo, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-3585.2018i17p32-43

Palavras-chave:

Inteligência Artificial, Aprendizado de máquina, Mercado de trabalho

Resumo

A busca por inteligências artificiais parece ter atingido um ponto de inflexão no qual várias tecnologias há muito prometidas têm se tornado realidade. Em particular, o uso intensivo de grandes bases de dados tem levado ao desenvolvimento de sistemas de reconhecimento de imagens, compreensão de linguagem natural e tomada de decisão, cujo desempenho chega a igualar, e em alguns casos superar, o desempenho humano. Esses avanços tecnológicos têm gerado reações de otimismo e pessimismo. Algumas opiniões são entusiasticamente positivas, entendendo que o futuro trará riquezas imensuráveis a todos; outras vislumbram o fim da espécie humana. Entre esses extremos pode-se encontrar um leque matizado de posições. Este artigo procura capturar essas posições por meio de um conjunto de “distopias” e “utopias”. Ao final, chega-se a uma “utopia realista”, que apresenta um objetivo plausível para a sociedade atual, em contraponto a uma “distopia realista” que representa um modelo verossímil, mas que deve ser evitado.

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Biografia do Autor

Fabio Gagliardi Cozman, Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras E Ciências Humanas, Departamento de Engenharia Mecatrônica, São Paulo, São Paulo, Brasil.

Professor Titular da Poli - USP/Departamento de Engenharia Mecatrônica, PhD Carnegie Mellon University, Livre-docência pela USP. Atualmente é coordenador da comissão de Inteligência Artificial da SBC, Associate Editor do Int. Journal on Approximate Reasoning, membro do Editorial Board do Artificial Intelligence Journal, e Associate Editor do Journal of Artificial Intelligence Research.

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Publicado

2018-05-29