Designations in Dispute: On the Relations among Linguistic-Discursive (De)Coloniality, Menstrual Dignity, and Discursive Practices of Resistance and Reexistence
Keywords:
Linguistic-discursive decoloniality, ICDA, SDG, Menstrual dignityAbstract
This paper explores the relationship between linguistic-discursive (de)coloniality, intersecting identities, and discursive practices of resistance and reexistence, employing a critical intersectional discourse perspective to analyze two texts that challenge the epistemic-ontological implications of the term ‘pessoas que menstruam’ [people who menstruate]. To this end, we examined two media-connected texts: “Nós, mulheres, não somos apenas pessoas que menstruam” [We, women, are not just people who menstruate] and “Por que estamos usando o termo ‘pessoas que menstruam’?” [Why are we using the term ‘people who menstruate’?] It feels strange to be accused of biologizing ways of being a woman when, in fact, we are moving in the opposite direction.” These texts position the designation pessoas que menstruam [people who menstruate] in opposition, reflecting the positionalities of the authors’ intersecting identities, and aim to generate alternative knowledge and power structures, particularly through linguistic-discursive activism as a means of reexisting, resisting, and confronting coloniality.
Downloads
Metrics
References
AGUILA, Ursula; PRECIADO, Paul.; BUTLER, Judith. A vida não é identidade! A vida resiste à identidade! Entrevista realizada por Ursula Del Aguila em novembro de 2008 para a revista francesa Têtu (n. 138). Disponível em: https://resistadotblog.wordpress.com/2018/05/08/a-vida-nao-e-a-identidade-a-vida-resiste-a-ideia-da-identidade/. Acesso 20 mai. 2024.
ALCOFF, Linda. Visible Identities: Race, Gender, and the Self. New York: Oxford University Press, 2006.
BACHUR, João Paulo. Para uma sociologia da ressignificação. Revista Direito e Práxis, v. 12, 2021. pp. 263-295. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaceaju/article/view/37794. Acesso 06 mar. 2025.
BAPTISTA, Lívia Marcia Tiba Radis. (DE)Colonialidade da linguagem, lócus enunciativo e constituição identitária em Gloria Anzaldúa uma “new mestiza”. Polifonia, v. 26, n. 44, 2019. pp. 123-145.
BENEVIDES, Bruna; VITORIA, Y. Por que estamos usando o termo ‘pessoas que menstruam’?. Disponível em: https://www.terra.com.br/nos/por-que-estamos-usando-o-termo-pessoas-que-menstruam,446cf826c9d13939745f377b66f78f29g1dkmjft.html. Acesso 20 mai. 2024.
BRASIL. Guia de Implementação do Programa Dignidade Menstrual: um ciclo de respeito. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilhas/2024/dignidademenstrual/view. Acesso 10 mai. 2024.
CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
CARVAJAL, Julieta Paredes. Para descolonizar el feminismo: 1492 - Entroque patriarcal y Feminismo Comunitário de Abya Yala. Feminismo Comunitario de Abya Yaa, 2020.
CARVALHO, Alexandra Bittencourt. O discurso na encruzilhada: propondo a Análise de Discurso Crítica Interseccional.2024.211f. Tese (Doutorado em Linguística) –Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, 2024.
CHOULIARAKI, Lilie; FAIRCLOUGH, Norman. Discourse in Late Modernity: Rethink Critical Discourse Analyses: Textual Analysis for Social Research. London, New York: Routledge, 1999.
COCCO, Cintia; FUZER, Cristiane. Sistema discursivo de negociação. In: FUZER, Cristiane; CABRAL, Sara. R. S. Introdução aos sistemas discursivos em linguística sistêmico-funcional, 2023. pp. 137-157.
COLLINS, Patricia Hill. Bem mais que ideias. A Interseccionalidade como teoria social crítica. Tradução Bruna Barros, Jess Oliveira. São Paulo: Boitempo, 2022.
COLLINS, Patrícia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. Tradução Rane Souza. São Paulo: Boitempo, 2021.
DANNER, Leno Francisco; DORRICO, Julie; DANNER, Fernando. Decolonialidade, lugar de fala e voz-práxis estético-literária: reflexões desde a literatura indígena brasileira. Alea: Estudos Neolatinos, v. 22, 2020. pp. 59-74. Disponível em: https://www.scielo.br/j/alea/a/gSLJSgfsj6JwNSx9tKXB3Pk/. Acesso 06 mar. 2025.
DE JESUS, Jaqueline. G.; ALVES, Hailey. Feminismo transgênero e movimentos de mulheres transexuais. Revista Cronos, [S. l.], v. 11, n. 2, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/2150. Acesso em: 2 out. 2024.
DE JESUS, Jaqueline Gomes. Género sem essencialismo: feminismo transgénero como crítica do sexo. Universitas Humanísítica. [online]. 2014, n.78. pp. 241-257.
FAIRCLOUGH, Norman. Analysing Discourse: Textual Analysis for Social Research. London, New York: Routledge, 2003.
FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Izabel Magalhães, coordenadora tradução, revisão técnica e prefácio. Brasília: UnB, 2001.
FANZINE COLECTIVX. Cuerpxs menstruantes. Lima: Hazlo Pirata, 2015.
FUZER, Cristiane; CABRAL, Sara Regina Scotta. Introdução à gramática sistêmico-funcional em língua portuguesa. Mercado de Letras, 2014.
FUZER, Cristiane; CABRAL, Sara Regina Scotta. Introdução aos sistemas discursivos em linguística sistêmico-funcional, 2023.
GOMES, Maria Carmen Aires. Propondo uma abordagem de Análise de Discurso Crítica Generificada. In: GOMES, Maria Carmen Aires; CARVALHO, Alexandra Bittencourt; VIEIRA, Viviane. Práticas sociais, discurso, gênero social: explanações sobre a vida social. Curitiba: Appris Editora, 2020. pp. 77-100.
GOMES, Maria Carmen Aires. Qual o estatuto do corpo em uma abordagem discursivo-crítica interseccional. In: TOMAZI, Micheline; RESENDE, Viviane de Melo. (Org.). Estudos do Discurso. Abordagens em Ciência Crítica. 1. ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022. pp. 189-213 (v. 1).
GOMES, Maria Carmen Aires. Pobreza menstrual no Brasil: uma análise discursivo-crítica da cadeia de gêneros sobre o Projeto de Lei n° 4968, de 2019. In: SARTIN, F; CABRAL, S. (Orgs.). Discurso(s) e Linguística Sistêmico-Funcional no Brasil. São Paulo, SP: Mercado de Letras, 2023a. pp. 150-170.
GOMES, Maria Carmen Aires. Pobreza menstrual, discurso e identidade de gênero no contexto de pandemia COVID-19. Discurso & Sociedad, v. 17, n. 3, 2023b. pp. 530-551.
GOMES, Maria Carmen Aires; CARVALHO, Alexandra Bittencourt. Análisis crítico interseccional del discurso: una propuesta en construcción. In: CÁRDENAS, Karen Miladys; ANGELO, Almanza Nino; MAZA, Rosanía; SALGADO, Elizabeth Flores; CIRNE, Alexcina Oliveira. Estudios del Discurso: política, violencia y crisis sanitária. Campinas, SP: Pontes Editora, 2024. pp. 108-144.
LUGONES, María. Colonialidade e gênero. Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Organização e apresentação Heloíza Buarque de Hollanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. pp. 52-83.
MACEDO, Litiane Barbosa. Enegrecendo os estudos críticos ciscursivos: contribuições epistemológicas afroperspectivistas para o campo da análise crítica do discurso no Brasil. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 61, 2022. pp. 251-264.
MACEDO, Litiane Barbosa. Notas em negrito: contribuições das epistemes afroperspectivistas contra os ruídos coloniais na produção de saberes no campo dos Estudos Críticos do Discurso. Discurso & Sociedad, v. 17, n. 4, 2023. pp. 652-676. Disponível em: http://www.dissoc.org/es/ediciones/v17n04/DS17(4)Barbosa.pdf. Acesso 06 mar. 2025.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte, Autêntica, 2.ed., 2018. pp. 27-53.
MARTINS, Leda Martins. Performances do tempo espiralar, poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.
MIGNOLO, Walter D. e WALSH, Catherine. On Decoloniality: Concepts, Analytics, Praxis. Durham/London: Duke University Press, 2018.
MOMBAÇA, Jota. Rumo a uma redistribuição desobediente de gênero e anticolonial da violência! In: PEDROSA, Adriano; MESQUITA, André. Histórias da sexualidade: antologia. São Paulo: MASP, 2017b. pp. 301-310.
NASCIMENTO, Gabriel. Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo. Editora Letramento, 2020.
PINTO, Joana Plaza. Linguagem, feminismo e efeitos de corpo. In: SILVA, Daniel Nascimento; FERREIRA, Dina Maria Martins; ALENCAR, Claudiana Nogueira. Nova Pragmática: modos de fazer. São Paulo, Cortez, 2014. pp. 207-230.
QUEIROZ, Atauan. Soares de. Educação crítica decolonial e agenciamentos: um estudoetnográfico-discursivo sobre o Programa Mulheres Inspiradoras. 2020. 292 f., il. Tese (Doutorado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
RAJAGOPALAN, Kanavilill. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
RIBEIRO, Djamila. Nós mulheres não somos apenas pessoas que menstruam. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/djamila-ribeiro/2022/12/nos-mulheres-nao-somos-apenas-pessoas-que-menstruam.shtml. Acesso 20 mai. 2024.
RUFINO, Luiz. Pedagogia das encruzilhadas. Mórula editorial, 2019.
SALA, Núria Calafell. Menstruación decolonial. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 28, n. 1, e57907, 2020. Epub Jan 01, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n157907. Acesso 29 Mai. 2024.
SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização, quilombos, modos e significações. Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa – INCTI. Universidade de Brasília – Unb. INCT. CNPq. MCTI. 2. ed. 2019a.
SANTOS, Antônio Bispo dos. Fronteiras entre o saber urgânico e o saber sintético. In: OLIVA, Anderson Ribeiro et al. (org). Tecendo redes antirracistas: África, Brasis e Portugal. 1ª edição. Coleção Cultura Negra e Identidades. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019b.
SANTOS, Gersiney; SANTOS, Daiane Silva. Epistemologias de reexistência: um diálogo teórico-metodológico entre interseccionalidade e aquilombagem crítica. Revista Brasileira de Educação, v. 27, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782022270028. Acesso 29 Mai. 2024.
SOUZA, Ana Lucia Santos. Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música dança: hip hop. São Paulo: Editora Parábola, 2011.
TARZIBACHI, Eugenia. Cosa de mujeres. Menstruación, género y poder. CABA: Sudamericana, 2017.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Bakhtiniana. Revista de Estudos do Discurso

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The authors grant the journal all copyrights relating to the work published. The concepts expressed in signed articles are absolute and exclusive responsibility of their authors.