Sobre o que falam os epistemologistas quando falam sobre a reflexão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2316-5278.2020v21i2p307-320

Palavras-chave:

Agenciamento, Individualismo epistêmico, Justificação epistêmica, Reflexão

Resumo

Na filosofia analítica contemporânea, enquanto alguns epistemólogos afirmam que a reflexão – entendida como autoexame crítico das crenças – é uma condição necessária para a atribuição de estados epistêmicos valiosos, outros rejeitam essa afirmação e sustentam que os filósofos tendem a superestimar o valor da reflexão em seus relatos de fenômenos epistemológicos. Neste ensaio, apresentamos um breve panorama desse debate e indicamos os elementos que constituem o desacordo entre epistemólogos. Nosso diagnóstico é que, a despeito do radical desacordo, essas posições convergem porque tratam a reflexão de um ponto de vista individualista, uma vez que a definem como uma performance metacognitiva privada de um agente sobre os próprios estados epistêmicos. Além de ser um motivo de desacordo, essa concepção de reflexão pode ser a razão de uma compreensão equivocada dos epistemólogos sobre o lugar e valor da reflexão.

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Biografia do Autor

Waldomiro J. Silva Filho, Universidade Federal da Bahia

Professor titular do departamento de filosofia da UFBA; Pesquisador do CNPq.

Giovanni Rolla, Universidade Federal da Bahia

Professor associado do departamento de filosofia da UFBA.

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Publicado

2021-01-28

Como Citar

Silva Filho, W. J., & Rolla, G. (2021). Sobre o que falam os epistemologistas quando falam sobre a reflexão. Cognitio: Revista De Filosofia, 21(2), 307–320. https://doi.org/10.23925/2316-5278.2020v21i2p307-320

Edição

Seção

Artigos Cognitio