A TEORIA ETNOCONSTITUTIVA DE CURRÍCULO E A PESQUISA CURRICULAR: CONFIGURAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS, METODOLÓGICAS E HEURÍSTICO-FORMATIVAS

Autores

  • Roberto Sidnei Macedo Faculdade de Educação Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2018v16i1p190-212

Palavras-chave:

Currículo. Teoria etnoconstitutiva. Etnopesquisa.

Resumo

O presente artigo apresenta as principais elaborações conceituais da Teoria Etnoconstitutiva de Currículo, vinculando-as às especificidades da pesquisa em currículo. Concebida como uma teoria-ação curricular/formacional, a singularidade desta sistematização teórica está na forma pela qual seus conceitos foram criados e fundamentam a pesquisa curricular. Os conceitos em pauta emergem de estudos, pesquisas e intervenções intercríticas em currículo e formação desenvolvidas e implementadas pelos pesquisadores do Grupo de Pesquisa FORMACCE FACED-UFBA  em cenários curriculares e formativos conceitualmente generativos. É nesses cenários que se entretecem etnométodos instituintes de saberesfazeres curriculares, a partir de contextos nos quais a afirmação da diferença torna-se heuristicamente fulcral. É nessa perspectiva que se desenvolve a etnopesquisa curricular, suas inspirações teóricas, opções epistemológicas, metodológicas e político-formativas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Roberto Sidnei Macedo, Faculdade de Educação Universidade Federal da Bahia

Professor Titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia e coordenador do Grupo de Pesquisa FORMACCE PPGE FACED-UFBA, Salvador-Bahia-Brasil.

Referências

ATLAN, Henri. Com razão e sem ela. Intercrítica da ciência e do mito. Tradução de Fátima Gaspar e Carlos Gaspar. Lisboa: Instituto Piaget, 2004.

ARDOINO, Jacques. L’approche multirréférencielle (plurielle) des situations éducatives et formatives. Pratique de Formation (Analyses). Paris, nº 24,26, p. 15-34, 1993.

ARDOINO, Jacques. BERGER, Guy. “Ciências da educação: analisadores paradoxais das outras ciências”. Tradução de Rogério Córdoba. In: Borba, S. Rocha, J. (Org.) Educação e Pluralidade. Brasília: Plano, 2003, p. 36-37.

ARROYO, Miguel. Currículo, território em disputa. Petrópolis: Vozes, 2011.

BAKHTIN, Mikhail. Pour une philosophie de l’acte. Lausane: L’age de l’Homme, 2003.

BALL, Stephen. Intelectuais ou técnicos? O papel indispensável da teoria nos estudos educacionais. In: BALL, Stephen; MAINARDES, Jefferson (Org.). Políticas educacionais: questões e dilemas. São Paulo: Cortez, 2011.

BERGER, Guy. A multirreferencialidade na Universidade de Paris Vincennes à Saint-Denis: O pensamento e a práxis de Jacques Ardoino. In: MACEDO, R. S.; BORBA, S.; BARBOSA, J. G. (Org.) Jacques Ardoino & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2013, p. 16-29.

CASTORIADIS, Cornelius. A instituição imaginária da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1975.

COULON, Alain. Ethnométhodologie et éducation. Paris: Presses Universitaires de France, 1995.

GARFINKEL, Harold. Studies in ethomethodologie. New Jersey: Prentice Hall, 1976.

GERGEN, Kennety. Social psychology and the wrong revolution. European Journal of Social Psychology, 19 (5), 1989, p. 463-484.

GOODSON, Yvor . As políticas de currículo e de escolarização. Tradução de Vera Joscelyne Petrópolis: Vozes, 2008.

KINCHELOE, Joe BERRY, Katie. Pesquisa em educação: conceituando a bricolagem. Trad. de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2007.

LAPASSADE, George. L’instituant ordinaire. Quel corp? nº 32-33, decémbre, 1986, p. 9-16.

LOURAU, René. Objeto e método da Análise Institucional. In: ALTOÉ, Sonia. René Lourau: Analista institucional em tempo integral. São Paulo: Hucitec, 2004, p. 38-50.

LOPES, Alice C. Por um currículo sem fundamentos. Revista Linhas Críticas. Brasília, DF, v. 21, n.45, p. 445-466, mai./ago. 2015.

MACEDO, Roberto S. Compreender/mediar a formação: o fundante da educação. Brasília: Liber Livro, 2010a.

_________________Atos de currículo, formação em ato. Ilhéus: Editus: Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz, 2011.

_________________A etnopesquisa crítica e multirreferencial nas ciências humanas e na educação. Salvador: EDUFBA, 2000.

_________________Etnopesquisa crítica / etnopesquisa-formação. Brasília: Liber Livro, 2008.

_________________Atos de currículo e autonomia pedagógica. Petrópolis: Vozes, 2012.

_________________Ágoras culturais: cena escolar e atos de currículo. In: FERRAÇO, C.; GABRIEL, C.; AMORIN, A. C. (Org.). Políticas de currículo e escola. E.book, GT de Currículo da ANPED, 2012, p. 25-36.

_________________Currículo, globalização e cosmopolitismo: uma perspectiva multirreferencial. In: MORGADO, J. C.; MENDES, G.; MOREIRA, A. F.; PACHECO, J. A. (Orgs.). Currículo, internacionalização, cosmopolitismo: desafios contemporâneos em contextos luso-afro-brasileiros. Santo Tirso-Portugal: Ed. De Facto, 2015, p. 39-47.

________________A teoria etnoconstitutiva de currículo: teoria-ação e sistema curricular formacional. Curitiba, CRV, 2016.

MACEDO, et al. Um rigor outro: sobre a questão da qualidade das pesquisas qualitativas. Salvador: EDUFBA, 2010b.

MEAD, George. Mind, self and society. Chicago: Ed. Charles W. Morris. University of Chicago Press, 1934.

MEHAM, Hugh. “Structuring school structure”. Harvard Educational Review.Vol. XIV, nº 2, octobre, 1978, p. 32-64.

MOREIRA, Antonio F. Para quem e como se escreve no campo do currículo: notas para discussão. In: Moreira, A. F.; Soares, M.; Follari, R. A.; Garcia, R. L. (Org.). Para quem pesquisamos para quem escrevemos: o impasse dos intelectuais. Questões da Nossa Época, São Paulo: Cortez, 2001, p. 91-119.

PARASKEVA, João M. Por uma teoria curricular itinerante. In: Paraskeva, J. (Org.). Discursos curriculares contemporâneos. Manguade-Portugal: Editora Pedago, 2007, p. 7-21.

SILVA, Tomaz T. da. Documentos de identidade: uma introdução à teoria crítica do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

SCHUTZ, Alfred. Fenomenologia das relações sociais. 2014. Disponível em: http://docslide.com.br/documents/alfred-schutz-fenomenologia-e-relacoes-sociais-livropdf.html. Acesso em: 06/01/2016.

Downloads

Publicado

2018-04-01

Edição

Seção

Artigos