Comunidades de jogos digitais

formas de habitar e aprender

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2024v22e61666

Palavras-chave:

comunidades virtuais, ensino e aprendizagem, tecnologias digitais

Resumo

Este estudo tem objetivo de mapear como se organizam e pactuam-se as regras de convivência nas comunidades virtuais de jogadores, considerando fatores identitários, aprendizagens e partilhas. Realizou-se uma revisão de literatura integrativa que resultou em 509 trabalhos. Após análise pautada nos critérios de inclusão e exclusão, procedeu-se a análise de 3 trabalhos. Os resultados apontam que as comunidades se organizam e se identificam por afinidade e interesses, pelo esforço e tempo dedicados, aprendem colaborativamente, compartilham experiências, podem mover-se com criatividade na busca de soluções e seus participantes podem deixar de ser meros consumidores para tornarem-se produtores de artefatos para os jogos. Conclui-se que muitas formas de aprendizagem ocorrem nessas comunidades e que as formas de organização podem ser integradas ao currículo e inspirar práticas pedagógicas.

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Biografia do Autor

Cláudia Regina de Brito, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos/SP. Pós-doutoranda do Programa de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina e membro do Grupo de Pesquisa Edumídia.

Daniela Karine Ramos, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora pela Universidade Federal de Santa Catarina/SC. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação e do Departamento de Metodologia da Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. Líder do Grupo de Pesquisa Edumídia.

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Publicado

2024-05-31

Edição

Seção

Artigos