Eleições e lulismo: dois fatores de desorganização das classes populares

Autores/as

  • Eliel Machado Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.23925/ls.v25i47.61457

Palabras clave:

democracia burguesa; personalização da política; lulismo

Resumen

Este artigo está centrado em dois eixos principais: no primeiro, discutimos teoricamente como as eleições são verdadeiras armadilhas para a organização independente das classes trabalhadoras; no segundo, aproveitamo-nos das valiosas contribuições de Décio Saes sobre a personalização da política (populismo lato sensu) – enquanto efeito econômico, político e ideológico da estrutura capitalista – para analisarmos, brevemente, como o lulismo contribui para a desorganização autônoma das classes populares. Contestamos a tese de André Singer de que o lulismo diz respeito a um realinhamento ideológico nas eleições de 2006 e defendemos seu surgimento no movimento operário do final dos anos 1970, levando em consideração os efeitos da estrutura capitalista.  

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Biografía del autor/a

Eliel Machado, Universidade Estadual de Londrina

Doutor em Ciências Sociais. Professor de Ciência Política da Universidade Estadual de Londrina, onde coordena o Grupo de Estudos de Política da América Latina (GEPAL). Londrina-PR, Brasil.

Citas

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Publicado

2023-04-04

Cómo citar

Machado, E. (2023). Eleições e lulismo: dois fatores de desorganização das classes populares . Lutas Sociais, 25(47), 186–197. https://doi.org/10.23925/ls.v25i47.61457

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