Arquivo e melancolia

Susanne Eisenberg Bach e sua trajetória exilar no Brasil

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2767.2024v80p197-218

Palabras clave:

Exílio, Fascismos, Literatura

Resumen

Este trabalho tem como proposta contribuir para os estudos sobre os deslocamentos de populações e/ou indivíduos que, no último século, sofreram com políticas nacionais de restrição de direitos. Susanne Eisenberg foi perseguida pelo governo fascista na Alemanha e chegou ao Brasil em 1941, como um dos refugiados do chamado Grupo Gorgen. Em seu exílio, fundou uma livraria e atuou como mediadora entre círculos de intelectuais latino-americanos e europeus. Como parte de seu trabalho, reuniu um relevante acervo bibliográfico que está localizado no Arquivo do Exílio Alemão em Frankfurt Am Main. A constituição desse acervo será analisada por meio de escritos memorialísticos deixados por Susanne Eisenberg.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Citas

BACH, S. Eisenberg. À la recherche d´un monde perdu. Rio de Janeiro: Centro de Edições Francesas, 1944.

BACH, S. Eisenberg Karussell: von München nach München. Alemanha: Zentrum für Interkulturelle Frauenalltagsforschung und Internationalen Austausch, 1991.

BACH, S. Deutsche Exilliteratur in Lateinamerika In: KOHUT, K., BRIESEMEISTER, D. Deutsche in Lateinamerika--Lateinamerika in Deutschland. Alemanha: Vervuert, 1996.

BELOCH, I. (coord.). Dicionário dos refugiados do nazifascismo no Brasil. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2021.

CAMPAGNANO, A. R. In difesa della razza: os judeus italianos refugiados do fascismo e do antissemitismo do Governo Vargas, 1938-1945. São Paulo: Universidade de São Paulo; Fapesp, 2011.

CARNEIRO, M. L. T. Cidadão do mundo: o Brasil diante do Holocausto e dos judeus refugiados do nazifacismo (1933-1948). São Paulo: Perspectiva, 2010.

CARNEIRO, M. L. T. Imigrantes indesejáveis: a ideologia do etiquetamento durante a Era Vargas. Revista USP, São Paulo, n. 119, p. 115-130, 2018b.

CARNEIRO, M. L. T. O anti-semitismo na Era Vargas (1930-1945). São Paulo: Brasiliense, 1988.

CARNEIRO, M. L. T. Travessias sem volta: judeus poloneses refugiados no Brasil, 1939-1945. Revista del CESLA, [s.l.], v. 22, 2019.

CHARTIER, R.; HEBRARD, J. Discurso sobre a leitura. São Paulo: Ática, 1995.

CORNWELL, J. O papa de Hitler: a história secreta de Pio XII. Rio de Janeiro: Imago, 1999.

CYTRYNOWICZ, R. Cotidiano, imigração e preconceito: a comunidade judaica nos anos 1930 e 1940. In: GRINBERG, K. (dir.). Os judeus no Brasil: inquisição, imigração e identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. p. 287-314.

DARNTON, R. Os best-sellers proibidos da frança pré-revolucionária. São Paulo: Companhia das Letras. 1998.

FISCHER, E. Verleger, Buchhändler und Antiquare Aus Deutschland und Österreich in der Emigration Nach 1933: Ein Biographisches Handbuch. Alemanha: Walter de Gruyter GmbH, 2020.

GLASBERG, R. Os indesejados: uma história de refugiados no tempo do nazismo. São Paulo: Terceiro Nome, 2021.

GOMES, A. C. G. (org.); HANSEN, P. (org.) Intelectuais mediadores: práticas culturais e ação política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

GÖRGEN, H. Uma vida contra Hitler. Fortaleza: UFC, 1999.

KERTZER, D. The pope, the jews and the secrets in the archives. The Atlantic, [s.l.], 2020.

KERTZER, D. The Pope at War. The secret history of Pius XII, Mussolini and Hitler. Nova Iorque: Random House, 2022.

KESTLER, I. M. F. Exílio e Literatura: escritores de fala alemã durante a época do nazismo. São Paulo: EDUSP, 2003.

KOIFMAN, F. Imigrante ideal: o Ministério da Justiça e a entrada de estrangeiros no Brasil (1941-1945). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

KOIFMAN, F. O Estado Novo e as restrições à entrada de refugiados: história e construção de memória. Acervo - Revista do Arquivo Nacional, Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, p. 71-88, 2017.

KOIFMAN, F. Política imigratória no primeiro governo Vargas (1930-1945). In: REZNIK, L. (org.). História da imigração no Brasil. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2020. p. 159-206.

KOIFMAN, F. Quixote nas trevas: o embaixador Souza Dantas e os refugiados do nazismo. Rio de Janeiro: Record, 2002.

LESSER, J. Welcoming the undesirables: Brazil and the Jewish question. Berkeley: University of California Press, 1995.

MAAS, U. Verfolgung und Auswanderung deutschsprachiger Sprachforscher 1933–1945, Bd. II (Biographische Artikel G-Q; Nachträge A - F), Osnabrück 2004.

MILGRAM, A. Os judeus do Vaticano: a tentativa de salvação de católicos não-arianos da Alemanha ao Brasil através do Vaticano (1939-1942). Rio de Janeiro: Imago, 1994.

MILGRAM, A. Os judeus do Vaticano: postscriptum. Devarim, Rio de Janeiro, ano 7, n. 17, p. 41-45, 2012.

QUEIROZ, M. J. de. Os males da ausência ou a literatura do exílio. Rio de Janeiro: Top-books, 1998.

REZNIK, L (org.), PÓVOA NETO, H.(org.) História da Imigração no Brasil. Rio de Janeiro: FGV. 2020.

STAROBINSKI, J. A tinta da melancolia. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

STEPHAN, I. Frauen und Exil: Zwischen Anpassung und Selbstbehauptung. Alemanha: De Gruyter, 2022.

SANTOS, J. A diplomacia pontifícia e os refugiados judeus no Brasil (1939-1941): uma investigação preliminar nos arquivos de Pio XII. Revista de História, São Paulo, p. a11021, 2022.

SCHPUN, M. R. Justa: Aracy de Carvalho e o resgate de judeus: trocando a Alemanha nazista pelo Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

THOMAS, G. Os judeus do papa: o plano secreto do Vaticano para salvar os judeus das mãos dos nazistas. São Paulo: Geração Editorial, 2014.

WIEVIORKA, A. L´ere du temoin. Paris: Pluriel, 2013.

Publicado

2024-12-13

Cómo citar

Parada, M. (2024). Arquivo e melancolia: Susanne Eisenberg Bach e sua trajetória exilar no Brasil. Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 81, 197–218. https://doi.org/10.23925/2176-2767.2024v80p197-218