Je ne suis pas un enfant, je suis un adulte : fantasmer le réel, la réitération et les pratiques de calcu
DOI :
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2025v27i1p034-058Mots-clés :
Sociologie de l'enfance, Cultures de l'enfance, Appropriation des pratiques de calcul, Jeu socio-dramatiqueRésumé
Dans cet article, nous analysons la manière dont un groupe d'enfants de 3 et 4 ans d'une école maternelle municipale s'approprie, dans le cadre d'un jeu sociodramatique, des pratiques discursives (et donc socioculturelles) associées aux idées, représentations et critères mathématiques, appelées ici pratiques de numératie. Cette analyse met en évidence deux axes de la grammaire des cultures enfantines - le fantasme du réel et la réitération - qui s'articulent dans le jeu discursif de comparaison des âges auquel se livrent les enfants pour donner de la cohérence à l'intrigue mise en scène. Elle met également en évidence l'importance de l'argument quantitatif et des gestes comme médiateurs des interlocutions entre les enfants et comme marqueurs de l'appropriation de pratiques du monde adulte, pragmatiquement réélaborées par les enfants.
Téléchargements
Métriques
Références
Borba, A. M. (2009). Quando as crianças brincam de ser adultos: vir-a-ser ou experiência da infância? In J. J. M. Lopes, & M. B. Mello (Orgs.), “O jeito que nós crianças pensamos sobre certas coisas” dialogando com lógicas infantis (1ª ed., pp. 97-118). Rovelle.
Brougère, G. (1998). A criança e a cultura lúdica. Revista da Faculdade de Educação, 24(2), 103-116. https://doi.org/10.1590/S0102-25551998000200007
Buss-Simão, M. (2014). Pesquisa etnográfica com crianças pequenas: reflexões sobre o papel do pesquisador. Revista Diálogo Educacional, 14(41), 37-59. https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.14.041.DS02.
Caraça, B. J. (1998). Conceitos fundamentais da Matemática (2ª ed.). Gradiva.
Corsaro, W. (2002). A reprodução interpretativa no brincar de “faz-de-conta” das crianças. Educação, Sociedade e Culturas, 17, 113-134. 2002. https://www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC17/17-5.pdf
Corsaro, W. (2009). Métodos etnográficos no estudo da cultura de pares e das transições iniciais na vida das crianças. In F. Muller, & A. M. A. Carvalho (Orgs.), Teoria e prática na pesquisa com crianças: diálogos com William Corsaro (1ª Ed., pp. 83-103). Cortez.
Corsaro, W. (2011) Sociologia da Infância (2ª ed.). Artmed.
Dias, M. T. M., & Gomes, M. F. C. (2015). Práticas sociais de leitura em uma sala de aula de jovens e adultos: contrastes em foco. Educação em Revista, 31(2), 183-210. https://doi.org/10.1590/0102-4698126598
Green, J., Skukauskaite, A., & Baker, W. D. (2011). Ethnography as epistemology. Research Methods and Methodologies in Education (pp. 309-321). https://www.researchgate.net/publication/257927928_Ethnography_as_epistemology_An_introduction_to_educational_ethnography
Grossi, F. C. D. P, & Fonseca, M. C. F. R. (2023). “Da cerveja, cês não quer tirar a validade não?”: mulheres idosas alfabetizandas na EJA apropriando-se de práticas matemáticas hegemônicas. Educação Matemática Pesquisa – Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, 25(4), 390-412. DOI: 10.23925/1983-3156.2023v25i4p390-412.
Gumperz, J. (1982). Language and social identity (5ª ed.). Cambridge University Press.
Harris, P. (2002). Penser à ce qui aurait pu arriver si. Enfance, 54, 223-239. DOI:10.3917/enf.543.0223
Marcuschi, L. A. (2000). Análise de conversação. Ática.
Marinho, M. (2010). Letramento: a criação de um neologismo e a construção de um conceito. In M. Marinho, & G. T. Carvalho (Orgs.), Cultura escrita e letramento (1ª ed., pp 68-100.) Editora UFMG.
Martins, A. J., & Barbosa, M. C. S. (2010). Metodologia de pesquisas com crianças. Reflexão e Ação, 18(2), 8-28. https://doi.org/10.17058/rea.v18i2.1496
Neves, V. F. A. (2010). Tensões contemporâneas no processo de passagem da educação infantil para o Ensino Fundamental. [Tese de doutorado, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais]. http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8FNP4D
Ochs, E. (1979). Transcriptions as theory. In E. Ochs, & B. Schieffelin, Developmental pragmatics (1a ed., pp. 167-182). Academic Press.
Sarmento, M. J. (2003). Imaginário e culturas da infância. Caderno de Educação, 12 (21), 51-69. https://doi.org/10.15210/caduc.v0i21.1467
Sarmento, M. J. (2004). As culturas da infância nas encruzilhadas da 2ª modernidade. In M. J. Sarmento, & A. B. Cerisara (Orgs.), Crianças e miúdos: perspectivas sócio-pedagógicas da infância e educação (1ª ed., pp. 09-34). Asa. https://hdl.handle.net/1822/79714
Sarmento, M. J. (2005). Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância. Educação e Sociologia, 26(91), 361-378. https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000200003
Sarmento, M. J. (2008). Sociologia da Infância: correntes e confluências. In M. J. Sarmento, & M. C. S. Gouvea (Orgs.), Estudos da infância: educação e práticas sociais (1ª ed., pp. 17-39). Vozes. https://hdl.handle.net/1822/66608
Sarmento, M. J. (2011). Conhecer a infância: os desenhos das crianças como produções simbólicas. In A. J. Martins, & P. D. Prado (Orgs.), Das pesquisas com crianças à complexidade da infância (1ª ed., pp. 27-60). Autores Associados. https://hdl.handle.net/1822/79684
Sarmento, M. J., & Pinto, M. (1997). As crianças e a infância: definindo conceitos, delimitando o campo. In M. Pinto, & M. J. Sarmento (Orgs.), As crianças: contextos e identidades (1ª ed., pp. 07-30). Universidade do Minho. https://hdl.handle.net/1822/79715
Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (2013). Desafios da formação: proposições curriculares para a Educação Infantil (vol. 1). SMED.
Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (2015). Desafios da formação: proposições curriculares para a Educação Infantil (vol. 2). SMED.
Soares, M. (2004). Letramento: um tema em três gêneros (1ª ed.). Autêntica.
Street, B. V. (2014). Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação (1ª ed.). Parábola Editorial.
Yasukawa, K., Jackson, K., Kane, P., & Coben, D. (2018). Mapping the terrain of social practice perspectives of numeracy. In K. Yusukawa, A. Rogers, K. Jackson, & B. Street (Orgs.), Numeracy as social practice: global and local perspectives (1a ed., pp. 03-18). Routledge. https://doi.org/10.4324/9781315269474
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).