Sur les mathématiques spécifiques aux enseignants
DOI :
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2025v27i2p009-033Mots-clés :
Formation des enseignants, Mathématiques, Mathématiques scolaires, Mathématiques pour l’enseignement, Mathématiques dans l’enseignementRésumé
Dans cet essai théorique, j’explore la spécificité des mathématiques des enseignants, en discutant les limites des modèles Mathematical Knowledge for Teaching (MKT), Mathematics Teacher’s Specialised Knowledge (MTSK) et Mathematics for Teaching (MfT) pour saisir la nature située et régulée de la pratique enseignante. Je propose une distinction entre les Mathématiques dans l’Enseignement (dont l’acronyme en portugais est MnE), qui se manifestent à travers l’interaction pédagogique, et les Mathématiques pour l’Enseignement (dont l’acronyme en portugais est MpE), qui englobent les représentations de la MnE. Je soutiens que ces deux dimensions s’articulent de manière récursive. Cet essai appuie également l’argument selon lequel les MpE et MnE sont relationnelles à la pratique des mathématiques scolaires, considérées comme évocatrices, et au contexte pédagogique dans lequel elles se réalisent. Sur la base de ce cadre théorique, je suggère que les recherches futures explorent comment les politiques publiques, les prescriptions curriculaires et d'autres dimensions socio-institutionnelles façonnent la spécificité des mathématiques des enseignants et approfondissent la compréhension de l’interaction et de l’influence réciproque entre les MpE et les MnE.
Téléchargements
Métriques
Références
Ball, D. L., Thames, M. H., & Phelps, G. (2008). Content knowledge for teaching: What makes it special? Journal of Teacher Education, 59(5), 389–407. https://doi.org/10.1177/0022487108324
Barwell, R. (2013). Discursive psychology as an alternative perspective on mathematics teacher knowledge. ZDM Mathematics Education, 45(4), 595–606.
Barbosa, J. C. (2013). Designing written tasks in the pedagogic recontextualising field: Proposing a theoretical model. In 7th International Mathematics Education and Society Conference (pp. 213-222). Cape Town: University of Cape Town.
Barbosa, J. C. (2018). Abordagens teóricas e metodológicas na Educação Matemática: Aproximações e distanciamentos. In A. M. P. de Oliveira & M. I. R. Ortigão (Orgs.), Abordagens teóricas e metodológicas nas pesquisas em educação matemática (Vol. 13, pp. 17–57). Brasília: Sociedade Brasileira de Educação Matemática.
Bernstein, B. (2000). Pedagogy, symbolic control, and identity: Theory, research, critique (Vol. 5). Rowman & Littlefield.
Carrillo-Yañez, J., Climent, N., Montes, M., Contreras, L. C., Flores-Medrano, E., Escudero-Ávila, D., ... & Muñoz-Catalán, M. C. (2018). The mathematics teacher’s specialised knowledge (MTSK) model. Research in Mathematics Education, 20(3), 236–253. https://doi.org/10.1080/14794802.2018.1479981
Chervel, A. (1990). História das disciplinas escolares: Reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria e Educação, 2, 177–229.
Cury, H. N. (2007). Análise de erros - O que podemos aprender com as respostas dos alunos. Autêntica Editora.
Davis, B., & Renert, M. (2014). The math teachers know: Profound understanding of emergent mathematics. Routledge Taylor & Francis Group.
Grilo, J. S. P., Barbosa, J. C., & Maknamara, M. (2021). O dispositivo da especificidade matemática e a produção do sujeito-professor(a)-de-Matemática. Zetetiké, 29(1), 1–18.
Lins, R. C. (1999). Por que discutir teoria do conhecimento é relevante para a educação matemática. In M. A. V. Bicudo (Org.), Pesquisa em educação matemática: Concepções e perspectivas (Vol. 1, pp. 75–94). São Paulo: Editora UNESP.
Lira, I. S., & Barbosa, J. C. (2023). O dispositivo da performatividade em um programa de intervenção pedagógica para o ensino de matemática. Educação e Pesquisa, 49, e248608. https://doi.org/10.1590/S1678-4634202349248608por
Moreira, P. C., & David, M. M. (2005). A formação matemática do professor: Licenciatura e prática docente escolar. Belo Horizonte: Autêntica.
Ribeiro, A. J., Aguiar, M., & Trevisan, A. L. (2020). Oportunidades de aprendizagem vivenciadas por professores ao discutir coletivamente uma aula sobre padrões e regularidades. Quadrante, 29(1), 52-73. https://doi.org/10.48489/quadrante.23010
Rowland, T. (2014). The knowledge quartet: The genesis and application of a framework for analysing mathematics teaching and deepening teachers’ mathematics knowledge. Sisyphus Journal of Education, 1(3), 15–43.
Sfard, A. (2008). Thinking as communicating: Human development, the growth of discourses, and mathematizing. New York, NY: Cambridge University Press.
Valente, W. R. (2020). História e cultura em educação matemática: A produção da matemática do ensino. REMATEC, 15(36), 164-174.
Vilas Boas, J. V., & Barbosa, J. C. (2016). Aprendizagem do professor: uma leitura possível. Ciência & Educação (Bauru), 22(4), 1097-1107.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).